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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Prefeito e governador do Rio afirmam que são a favor das manifestações


No dia seguinte ao protesto que reuniu cem mil pessoas no Centro do Rio de Janeiro, ainda era possível encontrar as marcas do vandalismo deixadas por uma minoria. A população reagiu contrária à destruição de prédios históricos. Depois da noite de violência e caos no quarteirão da Assembleia Legislativa do Rio, a terça-feira (18) foi dedicada a limpar as marcas da depredação nas velhas calçadas de pedra portuguesa, na estátua de Tiradentes, nas paredes do Paço Imperial. “Grande maioria pacífica, no meio aparece alguns baderneiros, o que não é bom. Destroem patrimônio público, que depois nós mesmos vamos ter que pagar por isso”, diz o aposentado Antonio Galdino. No centro histórico da cidade, algumas lojas nem puderam abrir as portas. Um grupo de estudantes ocupou a escadaria da Assembleia para deixar registrado um protesto contra o vandalismo. “Não tem que protestar quebrando, tem que protestar falando”, declara uma mulher. O Comando-Geral da PM do Rio disse que o batalhão de choque só entrou em ação quando policiais foram acuados na Assembleia. “Eles colocaram fogo em uma porta lateral da Alerj, aquilo ali representou risco iminente. A partir daquela situação houve a ação do batalhão de choque”, declara o relações públicas da PM, Francisco Caldos. Durante a passeata que reuniu cem mil pessoas no centro, milhares protestaram contra o governador e o prefeito do Rio. Eduardo Paes disse que apoia as manifestações pacíficas e está aberto a conversar com as lideranças dos protestos. “Toda vez que a gente abre diálogo, a gente tem que estar aberto para todas as possibilidades. O que eu quero dizer é: a Prefeitura do Rio não reajustava a passagem há um ano e meio. Nós temos o bilhete único de R$ 2,95, que serve para duas viagens”, diz o prefeito do Rio. Mais cedo, o governador Sérgio Cabral também disse que é a favor da negociação. “Aqui sempre esteve aberto, viva a democracia. Viva a possibilidade de manifestações, viva a possibilidade de ir às ruas, e sempre de maneira pacífica e respeitosa”, afirmou.
(Fonte: O Globo