Após a chegada de cerca de 300 mil pessoas ao prédio da prefeitura do Rio de Janeiro, alguns manifestantes que se aproximaram demais da cavalaria da Polícia Militar entraram em confronto com os PMs às 19h. Bombas de efeito moral foram lançadas pelos policiais e houve muita correria no local. Manifestantes jogaram pedras nos policiais e colocaram fogo em sacos de lixo. Segundo a Secretaria Municipal do Rio, 62 pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas ao Hospital Souza Aguiar --ao menos três atingidos por balas de borracha, um policial militar e dois guardas municipais. Policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) cercaram todo o quarteirão onde fica a prefeitura. Segundo um agente que preferiu não se identificar, apenas em um das ruas do entorno há cerca de 100 PMs. O efetivo total não foi divulgado pela corporação, mas há homens de vários batalhões. Um carro da equipe de reportagem do "SBT" no Rio de Janeiro foi totalmente incendiado na Praça Onze. A emissora informou, ao vivo, que nenhum funcionário ficou ferido no incidente. Um jornalista da "Globonews" foi ferido na cabeça por uma bala de borracha. Na Lapa, a rua Mem de Sá, com a maior concentração de bares do bairro boêmio, foi totalmente tomada por policiais do Batalhão de Choque e do Bope. As pessoas que optaram por deixar o protesto no início do confronto saíram da manifestação sem pânico e cantando o hino nacional a plenos pulmões. O auxiliar de marceneiro Cléber Tavares, 23, disse que foi atingido na confusão. "Jogaram uma pedra ou um pedaço de madeira que atingiu minha cabeça. Fiquei tonto", contou ele que foi atendido por um grupo de voluntários.(Fonte: UOL Notícias)