Quanto cada um dos onze
vereadores de Japeri custa aos moradores da cidade, com quantos assessores eles
contam, qual a despesa de cada gabinete e quanto a Câmara Municipal já gastou
com viagens para congressos até hoje. Esses esclarecimentos estão sendo
cobrados junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), uma vez que as contas do
Poder Legislativo do município mais pobre da Baixada Fluminense se tornaram uma
verdadeira “caixa-preta”, guardadas que são pelo presidente da Casa, o vereador
Cezar Mello. O questionamento sobre as despesas com viagens realizadas a
pretexto de participação em congresso é estendido aos últimos quatro anos, para
que a população fique sabendo o quanto pagou por viagem. A falta de transparência com os
gastos da Câmara Municipal de Japeri é uma reclamação antiga, mas tem aumentado
bastante. Queixas já foram levadas este ano ao conhecimento do Ministério
Público, buscando uma ação para tentar abrir a “caixa-preta”. As lideranças
comunitárias locais reclamam que a Casa gasta o dinheiro do povo, mas não
presta contas de nada à população. Segundo já foi revelado pelo
elizeupires.com, os repasses mensais feitos pela Prefeitura ao Poder
Legislativo chegam a R$ 350 mil. O repasse é Constitucional, faz parte do
duodécimo devido à Câmara, mas o presidente da Casa tem de fazer, de forma
transparente, a prestação de contas e informar o quanto e em que está gastando,
o que, reclamam as lideranças comunitárias, não estaria acontecendo. Os repasses são feitos para
cobrir as despesas com salários dos vereadores, funcionários e manutenção da
Câmara, valor visto como “muito alto”, considerando que Japeri é um dos municípios
mais pobres do estado. Segundo levantamento feito nos
últimos cinco anos, os membros da Câmara de Japeri são os vereadores da Baixada
Fluminense que mais tem viajado com despesas pagas com dinheiro público. As
viagens são feitas para supostas participações em congressos realizados quase
sempre em cidades litorâneas do Norte e Nordeste. Em relação a essas viagens o
Tribunal de Contas e o Ministério Público resolveram conferir caso a caso. A patrir deste ano, por
entendimento do TCE, ao fazer a prestação de contas dos gastos nessas viagens,
as câmaras de vereadores terão de apresentar as cópias dos pagamentos
referentes a diárias concedidas, os comprovantes dos deslocamentos, estadias
dos participantes dos eventos, recibos de embarque e nota fiscal do serviço de
hospedagem, além de dados discriminados por vereador e servidor para comprovar
o comparecimento de cada participante aos locais dos congressos.
(Fonte: Elizeupires.com)
(Fonte: Elizeupires.com)