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sexta-feira, 17 de maio de 2013

"DEU RUIM" MPF move ação de improbidade administrativa contra André Ceciliano e Tarciso Pessoa, ambos do (PT)


Obras de hospital e de saneamento básico do município foram abandonadas. O Ministério Público Federal (MPF) em Volta Redonda (RJ) moveu duas ações de improbidade administrativa contra André Luiz Ceciliano e Tarcísio Gonçalves Pessoa, ex e atual prefeitos de Paracambi, respectivamente, por uso indevido de verba federal para a construção de hospital e de rede de esgoto municipal, ambas não concluídas. (Processos n° 0000322-40.2013.4.02.5119 e nº 0000321-55.2013.4.02.5119). Segundo uma das ações, movida pelo procurador João Felipe Villa do Miu, a prefeitura de Paracambi recebeu R$ 1,5 milhão do Fundo Nacional de Saúde (Funasa) para a construção de um hospital. Embora os recursos tenham sido liberados entre 2004 e 2009, a obra não foi concluída. Em dezembro de 2008, uma vistoria constatou que a construção estava paralisada e sofrendo processo de deterioração. Iniciada na gestão de André Luiz Ceciliano, a obra foi abandonada pelo seu sucessor, o atual prefeito Tarcísio Gonçalves Pessoa. Em outra ação, os dois acusados respondem por irregularidades em três convênios assinados com a Funasa no valor total de R$ 11 milhões e 650 mil para a implantação e melhoria do sistema público de saneamento básico, redes de esgoto e construção de uma estação de tratamento. Dentre as ilegalidades identificadas pelo MPF, estão a apresentação de documentos exigidos para prestação de contas fora dos prazos determinados e a paralisação das obras. Para o MPF, André Luiz Ceciliano e Tarcísio Gonçalves Pessoa fizeram mal uso de recursos públicos e não fiscalizaram sua aplicação nas obras. Mesmo que tenha recebido de seu antecessor as obras inacabadas e com grande parte das verbas já utilizadas, o atual prefeito Tarcísio Gonçalves Pessoa tem responsabilidade nos processos, uma vez que durante o seu mandato foram liberados recursos para o término das obras e, ainda assim, elas não foram concluídas. Para o procurador, todos os convênios analisados apresentaram planos de trabalho inconsistentes, pois não foram seguidos os cronogramas apresentados inicialmente. "Esta é apenas a primeira medida judicial em face dos gestores. O MPF ainda analisa a responsabilidade criminal de empresários, fiscais e servidores da Funasa. A malversação dos recursos foi um sério atentado aos direitos humanos dos moradores de Paracambi, pois deixou de ser concluída a construção de um hospital e de parte da rede de esgoto municipal" - disse o procurador. O MPF pede a condenação dos acusados a todas as penas previstas na lei de improbidade administrativa, como perda da função pública, suspensão de direitos políticos de cinco a oito anos, proibição de contratar com poder público e receber benefícios ou incentivos fiscais, além de multa incidindo sobre todos os valores recebidos ilegalmente mais juros e correção monetária.
(Fonte: MPF- Volta Redonda)