Apesar do anúncio de que a partir de julho a prefeitura pretende multar quem joga lixo nas ruas, o Rio tem um dever de casa malfeito na bagagem: apenas 0,27% do lixo da cidade, ou 25 toneladas, é enviado diariamente pela Comlurb para reciclagem. A cidade tem ainda 30 mil papeleiras (uma para cada 213 habitantes), contra 186 mil de São Paulo (que tem uma para cada 58 pessoas). No contraste está Curitiba, que, com 4.200 lixeiras públicas (uma para cada 417 pessoas), é reconhecida por sua limpeza. As ruas da cidade são varridas por 3.135 garis, num trabalho que custa à Comlurb R$ 192 milhões ao ano, ou 16% de todo o orçamento de R$ 1,2 bilhão da companhia. As vias que mais dão trabalho são as avenidas Nossa Senhora de Copacabana, Rio Branco e Presidente Vargas. Na outra ponta, a coleta seletiva só atinge a 42 dos 160 bairros. E a meta de crescimento do serviço é modesta, uma vez que a empresa espera alcançar 3,5% de coleta seletiva até 2016. O lançamento de lixo no chão será penalizado de acordo com o espaço ocupado pelo detrito. O descarte de objetos com o tamanho de até uma latinha de alumínio será punido com multa de R$ 157. Objetos maiores que uma lata e que ocupem área de até um metro cúbico terão multa de R$ 392. Detritos que ocupem mais de um metro cúbico terão multa de R$ 980. Os sujismundos serão identificados a partir do CPF ou da carteira de identidade. Quem não aceitar a multa será levado para a delegacia por desacato à autoridade. E, no caso de não pagamento da infração, a pessoa poderá ter o nome inscrito em cadastros de inadimplência, como o da Serasa. Segundo o prefeito Eduardo Paes, a fiscalização será feita por 500 agentes, entre guardas municipais e fiscais da Comlurb, com apoio da PM. A intenção é começar a fiscalização por Centro, Zona Sul e parte do subúrbio, Já as multas será impressa e entregue na hora. A ideia é acabar com esse mau hábito do carioca.
(Fonte: RJTV)
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