Gabinete de um Deputado do PT
A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) está à míngua. Tudo por causa do racionamento de papel higiênico, sabão, papel toalha e sacos de lixo nas lixeirinhas dos gabinetes. Tem funcionário que está comprando com o dinheiro próprio material de higiene e de limpeza. Nos banheiros masculinos do segundo, do terceiro e do quarto andar do prédio anexo, não tem papel para secar as mãos, nem tampouco sabonete líquido. No do terceiro andar, sequer havia papel higiênico. Mas a maior reclamação mesmo diz respeito à falta de sacos de lixo. As meninas da limpeza estão jogando fora o lixo, mas deixam os sacos. Reutilizam. Nem todas as lixeiras estão forradas. Nesta aqui, por exemplo, que recebe material orgânico, tivemos que forrar com jornal, porque não dá para manter o saco (com cheiro ruim). Está dando barata direto. Mandamos até dedetizar o gabinete; disse uma funcionária de um deputado. A presidência da Alerj confirma que o problema está acontecendo. E culpa a empresa que presta o serviço de limpeza na Casa. Segundo a Alerj, o fornecimento de material de limpeza e de higiene faz parte do contrato. No entanto, a companhia teria deixado de fornecer o material e, até mesmo, de pagar os salários dos seus funcionários. “A empresa que está saindo, inclusive, chegou a ser notificada por não estar cumprindo suas obrigações. Isso (os problemas com o serviço) será resolvido quando a nova prestadora entrar”, informou a Alerj.
No gabinete da deputada Clarissa Garotinho (PR), na semana passada, a solução foi comprar papel toalha quando a parlamentar pediu a suas secretárias o item de higiene. Quando falta, a gente compra. Não tem papel toalha, não tem nada; disse Clarissa. No gabinete dela, assim como em outros gabinetes, os sacos de lixo utilizados são aqueles usados para coletar resíduos de hospital.