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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Bernardo e Wellington Silva são intimados a depor sobre tortura e tiros em favela.


O delegado José Pedro Costa, titular da 21ª DP (Bonsucesso), intimou os jogadores Bernardo Vieira, do Vasco, e Wellington Silva, do Fluminense, a prestarem depoimento na delegacia. Além dele, a irmã de Daiane Rodrigues, de 22 anos, atingida por sete tiros, também será chamada. Ela viu os traficantes levando as vítimas para serem agredidas e torturadas. O delegado informou ainda que o traficante Marcelo Santos das Dores, o Menor P,  vai ser investigado por mais um processo, o de tentativa de homicídio contra o jogador e a sua 'paquera'. Eles terão que explicar à polícia como ocorreu a sessão de tortura, com direito a tiros, a que Bernardo e Daiane foram submetidos. O jogador do Vasco foi sequestrado e agredido por traficantes no Complexo da Maré, na noite de domingo, após ser flagrado com Daiane Rodrigues. A jovem foi baleada sete vezes nas pernas e espancada dentro da Vila do João. Ela seria namorada de um traficante do Terceiro Comando Puro (TCP), facção que domina a venda de drogas na comunidade. Bernardo também foi espancado pelo bandido e seus comparsas; ele não levou tiros, mas foi torturado até com choques elétricos. Como o Complexo da Maré faz parte da área de cobertura da 21ª DP (Bonsucesso), o caso foi encaminhado para esta distrital.Daiane deu entrada no Hospital Santa Maria Madalena, na Ilha do Governador. Ela foi atingida por cinco tiros na perna e dois no pé esquerdo. O caso foi registrado na 37ª DP (Ilha), onde, segundo o RO de número 037-02705/2013, a vítima disse ter sido baleada na noite de domingo na Rua 14, dentro da Vila do João, sem especificar o motivo. Bernardo estaria na favela acompanhado do lateral-direito Wellington Silva. Ele teria sido obrigado a assistir à sessão de espancamento do colega e da jovem, mas não foi agredido. A assessoria de imprensa de Wellington, contudo, afirmou que o último encontro do lateral com Bernardo ocorreu na semifinal da Taça Guanabara, entre Vasco e Fluminense, no dia 2 de março. Rodrigo Caetano, diretor-executivo do Flu, disse que Wellington Silva comunicou o caso ao clube nesta quinta-feira. Ele garantiu que Tricolor prestará apoio ao atleta, que irá prestar depoimento à polícia. "Não posso falar muito, mas vamos acompanhar o caso", ressaltou.
(Fonte; O Dia Online)