Abraji

Abraji

sexta-feira, 1 de março de 2013

Picciani diz que PMDB não apoiará reeleição de Dilma no Rio se Lindberg for candidato.


                            

A aliança entre o PT e o PMDB no Rio chegou ao momento mais tenso, desde que as duas siglas se aproximaram, sob as bênçãos do ex-presidente Lula (PT) e do governador Sérgio Cabral (PMDB). Após emitir nota dizendo ser irreversível a candidatura do vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) à sucessão de Cabral, o presidente do partido, Jorge Picciani (foto), afirmou ao EXTRA que, com duas candidaturas (a outra seria a do senador Lindberg Farias - PT/RJ) no Rio, a presidente Dilma (PT) não terá apoio.
O PT é muito bem tratado no governo, bem acima de sua representação na Câmara e na Assembleia. Se houver duas candidaturas, nós não apoiaremos Dilma, por entender que seria prejudicial o palanque duplo. O PT deve ver sua prioridade.
No contra-ataque, Lindberg e outros petistas reafirmaram a candidatura própria e bombardearam de críticas a nota do partido, que será lida no sábado, na Convenção Nacional do PMDB.
Eles não podem decidir sobre a nossa vida. Deviam trabalhar pela candidatura deles, em vez de ficarem preocupados com a nossa. Isso é demonstração de fraqueza, criticou Lindberg.
O presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp, confirmou a candidatura de Pezão. Já o presidente nacional do PT, Rui Falcão, não comentou a crise.

Procurado pelo EXTRA para comentar a crise, o vice-prefeito Adilson Pires (PT) não quis entrar na discussão. Ele é aliado do prefeito Eduardo Paes (PMDB) e tem evitado se manifestar sobre seu lado na disputa. Correligionários temem traição. Pezão preferiu não entrar na briga e disse que se trata de "uma questão partidária" (Reprodução de Matéria e foto publicados no EXTRA ON LINE).
O documento do PMDB foi divulgado na semana em que Lindberg inicia a Caravana da Cidadania, projeto criado pelo ex-presidente Lula e copiado pelo senador, que percorrerá municípios para participar de encontros com moradores, a exemplo do que fez Lula na década de 90 pelo país. O primeiro local é Japeri, na Baixada Fluminense, onde o senador anda acompanhado do ex-prefeito de Paracambi e candidato derrotado duas vezes para a prefeitura local, André Ceciliano (PT).
Com certeza, as Lindetes (fãs do político), estão em polvorosa. Boa pinta, alto e simpático, Lindberg (escrevo sem o h no final, porque foi assim que ele se apresentou na urna eletrônica), arranca suspiros das fãs. Mas e politicamente, como fica? Muitas das fãs, utilizam as redes públicas de saúde e de educação. O que Lindberg e seu pupilo Ceciliano trouxeram em termos de recursos ou benefícios para Japeri? Eu respondo: NADA! ISSO MESMO, NADA! Alguém conhece uma obra ou benefício que vieram para Japeri por ambos? É sempre assim... Até quando o eleitor de Japeri vai continuar a endeusar pessoas que apenas pensam em Japeri como um palanque eleitoral? A trupe de Lindberg está dormindo em Japeri. O "chefe" não. Mas afinal, onde estão hospedados? Alguém sabe? Na casa do André Ceciliano? Não, por que a casa dele é no bairro da Fábrica em Paracambi. A "turma" está ocupando um local conhecido como Casarão, na reta do Marajoara. Política em Japeri é assim: Pedem votos na cidade e dormem em outro município.